É a primeira vez que esse modelo de negócio acontece no Brasil, no caso, por meio dos grãos transformados em ativos digitais lastreáveis. A transação foi possível graças à parceria do Banco CNH Industrial, grupo do qual a New Holland faz parte, com a Agrotoken, primeira empresa do mundo a criar tokens fungíveis a partir de commodities agrícolas. “Com os grãos transformados em ativos digitais, foi possível negociar com o recurso que já tenho disponível no ecossistema da empresa”, diz Cruvinel.
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Como funciona a negociação em “grãos digitais”
A Agrotoken possui um ecossistema que transforma a produção agroindustrial em ativos digitais lastreáveis. Na prática, a empresa faz com que os grãos se tornem um bem digital, que pode ser guardado ou trocado por insumos, serviços, entre outras possibilidades.
Com os grãos físicos digitalizados na plataforma da Agrotoken – transacionados por meio da tecnologia blockchain – , os grãos são convertidos em ‘agrotokens’ como crédito para o produtor usar em operações comerciais e financeiras, sempre com o apoio direto dos grãos, que tem seu valor atrelado ao preço da soja, milho e trigo.
Vinculados à origem da emissão do ativo físico, os agrotokens são lastreados em ativos reais, ao contrário dos NFTs. Isso significa que têm valor idêntico em todo o território nacional, independentemente de onde e por quem foram emitidos, conforme preço indexado em índices como Esalq, CEPEA/B3, Argus e Platt, paridade que a torna uma stable coin, ou seja, moeda de baixa volatilidade.