O governo brasileiro vai apresentar às autoridades chinesas, na noite de hoje (07), em uma videoconferência, o resultado da investigação do registro da doença feito no Pará pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e que determinou que era um caso atípico, quando o animal desenvolve a doença por velhice e não pela versão transmissível, sem risco ao rebanho ou a seres humanos.
“Eles (os chineses) podem ter alguns questionamentos, mas a expectativa é que eles dêem a resposta (sobre fim do embargo) amanhã ou depois”, disse à Reuters o assessor especial do Ministério da Agricultura, Carlos Ernesto Augustin.
“Vamos conversar mais para frente e tentar mudar o protocolo. Não tem necessidade ser tão extenso”, afirmou.
Uma alternativa seria, por exemplo, colocar sob embargo a exportação da carne vinda do Estado ou da região onde foi registrado o caso da doença, explicou o assessor.
O protocolo assinado em 2015 foi considerado necessário à época para abrir mercados como o chinês à carne brasileira. Um caso atípico de vaca louca registrado em Mato Grosso, em 2012, havia levado à suspensão da importação de carne brasileira por vários países.
De acordo com os padrões da OMSA, o Brasil ainda é considerado um país de risco insignificante para a doença, o que justificaria um protocolo menos rígido.