No final do ano passado, foi aberta uma chamada para seleção de membros para os grupos técnicos consultivos sobre diretrizes de abordagens de bioeconomia circular e serviços ecossistêmicos. O secretariado recebeu 48 inscrições de todo o mundo em cada uma das modalidades. Foram selecionadas 36 para cada uma delas. Os profissionais escolhidos estarão na primeira reunião do TAG, nos dias 18 e 19 de abril, na sede da FAO, em Roma, na Itália.
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Segundo Packer, o agro vem passando por mudanças significativas e as conexões de uma série de bios precisam ficar no radar, como bioeconomia, bioprodutos, bioinsumos, biocombustíveis, biofertilizantes etc.
“A grande fronteira do conhecimento é uma junção do agro, do bio e do tech. Temos que olhar para todas essas séries de bios, juntamente com a tecnologia e com o agro sustentável”, diz ela, que preside o conselho gestor do AgNest – laboratório vivo para viabilizar a conexão entre startups, grandes empresas do agro e a Embrapa. “Será uma grande oportunidade trabalhar em conjunto e trazer essa riqueza que o Brasil tem construído, para que possamos realmente olhar para uma bioeconomia mundial, dentro de uma economia circular, uma economia voltada para a biodiversidade, com todo esse potencial de bioprodutos.”
Para o grupo de serviços ecossistêmicos, com 36 pesquisadores de 20 países, foi selecionada a pesquisadora Rachel Bardy Prado, da Embrapa Solos, unidade localizada no Rio de Janeiro, juntamente com mais dois cientistas brasileiros: pesquisadora Sílvia Regina Silva de Oliveira Bento, da UFU (Universidade Federal de Uberlândia), e o professor Marcelo Beltrão Molento, da UFPR (Universidade Federal do Paraná). Nessa diretriz, além dos países que integram o grupo de bioeconomia circular, entram Gâmbia, Paquistão, Tunísia e Zimbábue.
“O grupo trabalhará em conjunto com redes de pesquisa para apoio à tomada de decisão, que atuam nos temas biodiversidade, nutrientes, água e carbono do solo, tais como Global Agenda for Sustainable Livestock (GASL), German Association of the Study of the Liver (GASL), Global Soil Partnership e Ecosystem Services Partnership”, acrescenta.