Desta forma, o Brasil ocuparia a primeira posição como fornecedor internacional do derivado, disse a BCR, acrescentando que a última vez que a Argentina se viu abaixo do vizinho como exportador do produto foi há 25 anos.
“A Argentina estaria exportando perto de 20 milhões de toneladas na campanha 2022/23, 29% do comércio global, ficando abaixo do Brasil”, disse a BCR em comunicado, que detalhou que as exportações brasileiras de farelo de soja ficariam entre 21 milhões e 23 milhões de toneladas .
A Argentina dominou o mercado internacional de farelo de soja nas últimas décadas graças ao poderoso complexo de moagem instalado no país, próximo à sua principal região agrícola e às margens do rio Paraná, rota de saída dos embarques.
No entanto, uma estiagem que começou em maio do ano passado e durou até o início de março causou fortes perdas na produção, que impactaram a atividade agroindustrial.
No mês passado, a câmara de processadores CIARA-CEC disse à Reuters que as plantas de processamento de soja da Argentina estão operando com a maior capacidade ociosa de sua história devido ao impacto da seca e que as importações do grão para processamento aumentariam para cerca de 8 milhões de toneladas.