A Rússia citou a apreensão como um obstáculo importante para sua participação contínua em um acordo de grãos do Mar Negro que permite à Ucrânia exportar grãos.
Uma embarcação deixou o porto de Riga na sexta-feira com parte dos 200 mil toneladas de fertilizantes apreendidas, disse o ministério.
A Rússia indicou que não permitirá que o acordo de exportação do Mar Negro, negociado pela ONU e pela Turquia em julho de 2022, continue além de 18 de maio porque uma lista de demandas para facilitar suas próprias exportações de grãos e fertilizantes não foi atendida.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia citou repetidamente os fertilizantes presos nos portos do Mar Báltico como um dos principais obstáculos para a continuidade do acordo.
O governo da Letônia descreveu as remessas como uma “doação” que facilitou como “apoio aos países afetados pela crise alimentar desencadeada pela guerra da Rússia contra a Ucrânia”.
A medida ocorre antes de uma reunião em Nova York na próxima semana entre o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, para discutir o acordo de grãos, entre outras questões.
Lavrov disse que nada foi feito para resolver as preocupações da Rússia. A maior parte do fertilizante apreendido na Letônia pertence à Uralchem e à Uralkali , segundo fontes do mercado e dados vistos pela Reuters.
As empresas eram controladas pelo oligarca russo Dmitry Mazepin, que abriu mão do controle no ano passado depois que a União Europeia o sancionou em março de 2022 como “membro do círculo mais próximo de Vladimir Putin”.