Os investimentos, que serão aplicados em programas para a redução do uso de insumos químicos nas lavouras, além de pagamentos de bonificações aos produtores mais “regenerativos”, buscam multiplicar iniciativas já em desenvolvimento pela companhia, cuja marca Nescafé Origens do Brasil obteve neste ano certificado de neutralidade em carbono, um feito inédito no país para cafés solúvel e para coar.
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“Uma árvore da Mata Atlântica sequestra 8,3 kg de CO2, então se juntar as coisas, se você escolhe um café carbono neutro, é como se você estivesse fazendo o mesmo trabalho de 17 árvores nativas”, exemplificou Martins.
Os produtores participantes do programa da Nestlé, terceira maior compradora de café no Brasil, atrás de 3corações e JDE, não têm obrigação de exclusividade no fornecimento para a companhia, que assim busca que o setor e consumidores sejam beneficiados como um todo ao longo dos próximos anos pela adoção de práticas regenerativas.
Atualmente, 35 famílias de produtores brasileiros fornecem grãos de café 100% arábica para a linha Nescafé Origens do Brasil, e já adotam o sistema agrícola regenerativo. Mas o plano é expandir o programa no maior produtor global de café, até se alcançar 100% das 1,5 mil fazendas com as quais a Nestlé trabalha no Brasil, como parte dos compromissos da companhia para ser zero carbono até 2050. “O compromisso global é que 30% da fazendas até 2025 sejam 100% regenerativas, no nível máximo de regeneração.
Produtividade
Segundo Martins, a agricultura regenerativa é “realmente” o sistema que vai “mudar a regra do jogo”, e vem sendo bem recebida pelos produtores. “Ela tem como premissa aumentar a produtividade, é isso, devolver mais para o planeta do que a gente está pegando
Por isso esse discurso pegou tração no campo, a gente consegue mostrar ao produtor que ele consegue, com técnicas diferentes, se ele tiver algum investimento, obter um ‘payback’ rápido.” Martins lembrou das boas práticas para melhorar e manter a cobertura do solo e a redução do uso de fertilizantes químicos e agroquímicos, que permitem a diminuição de emissões de carbono.
Outras iniciativas, como o uso de painéis solares como fonte de energia nas propriedades rurais e a adoção de embalagens recicladas pela indústria, também ajudam nesta jornada.