Os prêmios caíram para -200 pontos base por bushel esta semana em portos como Paranaguá para embarques em maio, surpreendendo alguns pela magnitude do declínio.
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Mas à medida que a temporada avançou, os descontos da soja brasileira em relação aos preços de Chicago continuaram aumentando, disse ele, atribuindo isso a compras chinesas mais lentas no momento.
Vanin estimou os prêmios em -200 para maio e -160 para embarques em junho em meio à supersafra do Brasil, que está acima de 153 milhões de toneladas, 22% a mais do que a colheita anterior, que foi afetada pela seca do ano passado.
Sol Arcidiacono, analista da HedgePoint Global, observou que a demanda da China diminuiu com a queda das margens de esmagamento da soja no país, afetando as compras para embarques imediatos no Brasil.
Sergio Mendes, diretor da Anec, observou também que os gargalos logísticos afetaram os prêmios, além da grande safra e da frágil demanda chinesa.
“Quando se faz uma previsão de safra como fizemos e ela se cumpriu, evidentemente que se paga um preço”, disse Mendes.
Os prêmios de soja refletem a dinâmica de oferta e demanda em relação aos contratos de referência negociados em Chicago, resultando no preço FOB para um determinado mês de embarque.
A Abiove, que representa as esmagadoras e tradings de oleaginosas, previu que as exportações brasileiras de soja atingiriam 93,7 milhões de toneladas em 2023, 1,4 milhão de toneladas acima da previsão de março.
A Abiove se recusou a comentar sobre os movimentos do mercado.