Na província de Santa Fé, onde estão localizados os terminais de Rosário, os transportadores impediram a passagem de caminhões com grãos pelas estradas, praticamente paralisando a entrada de veículos em um dos maiores centros exportadores do mundo. As empresas estão usando seus estoques para manter as exportações.
A colheita do milho e da soja, duramente atingidos pela estiagem, acaba de começar. Sendo assim, o tráfego costuma ser intenso nessa época do ano na Argentina, um dos maiores exportadores mundiais dos dois produtos.
A terceira maior economia da América Latina passa por uma situação econômica difícil, com inflação anual acima de 100% e poucas reservas cambiais.
“A chegada (de caminhões com grãos) está sendo prejudicada, mas há estoques (reservas) para trabalhar”, disse Guillermo Wade, gerente da Câmara de Atividades Portuárias e Marítimas (CAPyM).
Fonte da câmara dos exportadores e processadores de grãos CIARA-CEC disse que o carregamento de navios foi mantido na segunda-feira, embora tenha alertado que as reservas de grãos e derivados estão baixas.
“O transporte de carga terrestre está em situação de emergência. As tarifas são irrisórias. Você não consegue cobrir os custos do caminhão, não tem rentabilidade”, disse Daniel Seanopolo, representante do Siunfletra, que acrescentou que a manifestação vai continuar até que eles sejam recebidos pelo governo.
Na Argentina, mais de 80% do transporte de grãos é feito com caminhões.