O Brasil está investigando outros quatro novos casos suspeitos de influenza aviária altamente patogênica (H5N1) em aves silvestres, disseram nesta sexta-feira (19) autoridades do Espírito Santo, onde os primeiros casos da doença no país foram confirmados nesta semana.
Após as aves apresentarem sintomas compatíveis com o H5N1, foram colhidas amostras das quatro delas, todas da espécie “Thalasseus acuflavidus” (Trinta-réis-de-bando), segundo nota da Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Espírito Santo.
Como parte do Plano Nacional de Vigilância de Influenza Aviária, o Espírito Santo disse que está mapeando “áreas de foco” e fiscalizando propriedades, públicas ou privadas, onde as aves podem ser encontradas.
Um caso de gripe aviária altamente infecciosa em uma fazenda geralmente resulta na morte de todo o rebanho e pode desencadear restrições comerciais. A detecção entre aves selvagens não gera proibições sob as diretrizes do WOAH.
O Espírito Santo é o terceiro maior Estado produtor de ovos do Brasil, e o país é o maior exportador mundial de frango.
Cerca de 26 aves mantidas no centro de reabilitação de animais marinhos do Espírito Santo, o Ipram, foram abatidas para conter a transmissão potencial, acrescentou o comunicado.
O Ipram é para onde as aves costeiras enfraquecidas foram levadas antes que o Brasil anunciasse seus primeiros casos de gripe aviária altamente patogênica na segunda-feira.
O vírus chegou à América do Sul por meio de aves migratórias. Normalmente, esses animais só transmitem a gripe aviária por cerca de cinco dias, mas a presença do vírus em pequenos animais marinhos dos quais as aves se alimentam pode ter permitido sua disseminação mais ampla este ano.