Além disso, o ritmo de negócios envolvendo o café arábica “cresceu um pouco” neste final de maio, disse o Cepea, citando que “esse cenário está atrelado ao aquecimento na procura por cafés mais finos”.
Na semana passada, o presidente do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Márcio Ferreira, mencionou maior interesse de venda de produtores, enquanto a colheita começa a ganhar ritmo.
Nos cafezais de robusta, no Espírito Santo, “intempéries afetaram as lavouras, sobretudo nas primeiras fases do ciclo, e isso tem resultado em quebra na produtividade”, afirmou o Cepea, em linha com projeção da estatal Conab e de produtores.
“Assim, produtores estão apreensivos quanto ao volume final de robusta a ser colhido no estado capixaba. No Espírito Santo, de 20 a 25% da produção esperada foi colhida até o momento, e, em Rondônia, cerca de 45%”, disse o relatório do Cepea na véspera.
Luiz Carlos Bastianello, presidente da Cooabriel, maior cooperativa de café conilon do Brasil, disse à Reuters na semana passada que lentas vendas da variedade também estavam associadas a uma quebra de safra neste ano no Espírito Santo, após um recorde colhido em 2022.
Colheita
Na região de Garça (SP), a colheita soma entre 13 e 15% do volume estimado; nas Matas de Minas, cerca de 15%; no Sul Mineiro, de 5 a 10%; em Mogiana (SP), 10%; e, no Noroeste do Paraná e no Cerrado Mineiro, 5%.
Cafeicultores seguem atentos ao clima, acrescentou o centro de estudos da Esalq. Muitos estão preocupados com a atuação do fenômeno climático El Niño entre junho e julho.
Segundo a Climatempo, uma frente fria com nuvens carregadas deve chegar nos próximos dias, trazendo chuvas em todas as regiões produtoras, com exceção de Rondônia, o que pode prejudicar a colheita.