Um dos principais pontos que levaram a esse movimento deflacionário é a expectativa de recorde de produção de milho. O cereal é um importante componente para a produção, por exemplo, de alimentos de origem animal, como carnes, leite, manteiga, ovos. Esses componentes sofrem uma influência muito grande no seu custo de produção, onde o milho tem participação na nutrição dos animais que vão dar origem a esses alimentos.
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Outro componente importante que acabou trazendo esse movimento deflacionário, essa diminuição do ritmo da inflação, na verdade, é que a gente pode observar, por exemplo, o preço da carne bovina caindo ao consumidor final. Ela está caindo, no varejo, em torno de quarto 4%. Ele (o preço) não conseguiu acompanhar a mesma queda do boi, que é a matéria-prima, obviamente, para a produção de carne.
O boi gordo no Brasil caiu em torno de 22% do ano passado para cá. A carne caiu 4% na na comparação do mesmo período do ano passado para cá. Então, não teve um acompanhamento e nós falamos isso a nossa última coluna, explicamos esse movimento.
O último fator que acaba diminuindo a pressão inflacionária, e ajudando o poder de compra do brasileiro, é a questão do dólar, que furou a sustentação de R$ 5 e hoje está é cotado mais ou menos entre quatro e cinco reais. Vou falar aqui um range, porque o dólar tem estado bastante volátil e pode ser que até você assistir esse vídeo, ele já tenha mudado.
* Lygia Pimentel é médica veterinária, economista e consultora para o mercado de commodities. Atualmente é CEO da AgriFatto. Desde 2007 atua no setor do agronegócio ocupando cargos como analista de mercado na Scot Consultoria, gerente de operação de commodities na XP Investimentos e chefe de análise de mercado de gado de corte na INTL FCStone.
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