“Voltaremos a fazer estoques públicos, o que é fundamental para combater a inflação dos alimentos. Para isso, precisamos antes ampliar a rede credenciada da Conab. Isso passa pelo reajuste das tarifas pagas pela Conab aos armazéns credenciados”, disse o presidente da Conab, Edegar Pretto, em nota nesta quinta-feira (15).
Segundo ele, as tarifas não eram corrigidas desde 2017.
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Pretto disse também que, para o governo voltar a fazer estoques reguladores, é necessário reestruturar a rede de armazenagem, incluindo os armazéns próprios da companhia e os de terceiros credenciados.
Se por um lado um eventual programa de compras de grãos pode ser mais factível, considerando a recente queda acentuada de preços de produtos como o milho, de outro há desafios para fazer estoques de produtos como grãos, diante de um déficit de armazenagem no Brasil.
A formação de estoques públicos é uma das ferramentas para garantir o preço mínimo da produção e a renda do agricultor, além de regular o abastecimento interno, para mitigar as variações de preços, destacou a Conab em nota.
Os estoques públicos — que estão em níveis historicamente baixos há vários anos, após o governo anterior não considerar economicamente viável tal política, em meio a preços das commodities em disparada — podem ser usados em ações da Conab, como ajuda humanitária, doação de alimentos e o Programa de Venda em Balcão (ProVB).
O reajuste na tarifa foi publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (15).