O acordo de grãos do Mar Negro, que permite a passagem segura de grãos por três portos ucranianos, foi prorrogado em 17 de maio por dois meses — um tempo menor do que o esperado.
“O corredor definitivamente não está funcionando como no início”, disse Jan Dieleman, presidente do negócio de transporte marítimo da Cargill, à Reuters.
A produção recorde de milho e soja no Brasil na atual temporada 2022/23 levou a uma forte demanda por navios na América do Sul.
Dieleman disse que se o acordo do corredor de grãos do Mar Negro terminasse, o impacto no preço seria menor “simplesmente porque já é um programa menor (de exportação)”.
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Nesta semana, o presidente Vladimir Putin disse que a Rússia estava considerando se retirar do acordo, que também foi intermediado pela Turquia, porque o Ocidente teria enganado Moscou ao não cumprir as promessas de levar produtos agrícolas russos aos mercados mundiais.
Em março, a Cargill disse que não iria mais lidar com as exportações russas de grãos a partir de julho, embora a unidade de navegação tenha dito que continuará transportando grãos dos portos do país.
Outros tradings importantes, incluindo Louis Dreyfus e Viterra, também se juntaram ao êxodo de exportação de grãos da Rússia nos últimos meses.
A Cargill é um dos maiores afretadores de navios graneleiros do mundo.