Segundo o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, a massa de ar polar vai trazer temperaturas bem próximas de zero em algumas áreas, mas as principais regiões produtoras de milho, café e cana seriam poupadas de geadas, caso a frente fria estacionada ao Sul barre o fenômeno congelante.
Esta é a expectativa neste momento, e será preciso acompanhar a atualização dos modelos climáticos para a confirmação da previsão menos preocupante.
O tempo chuvoso costuma afastar a ocorrência de geadas.
As temperaturas mais baixas no Paraná, segundo produtor de milho do Brasil, deverão ser registradas entre os dias 17 e 19 de junho, com mínimas próximas de 2 graus Celsius no sul do Estado, segundo dados do terminal Eikon, da Refinitiv.
No Sul de Minas Gerais, principal região cafeeira do Brasil, mínimas próximas de 5 graus são esperadas entre os dias 19 e 20 – temperaturas essas acima do necessário para gear. Algo semelhante deve ocorrer no sul de Mato Grosso do Sul – o Estado é importante produtor de cana e milho.
Entretanto, segundo Santos, se o centro de alta pressão se desloca e consegue avançar para importantes áreas produtoras, geadas fortes poderiam ocorrer.
Segundo ele, na hipótese – por ora improvável – de isso ocorrer, o Brasil teria uma geada semelhante à registrada em 2021, quando lavouras de milho, café e cana foram severamente atingidas, gerando perdas aos produtores.
“Por enquanto não tem risco de geada a semana que vem… mas não tem por conta da frente fria (chuvas)”, afirmou.
“Se essa frente se deslocar mais rápido do que os modelos estão indicando, a massa de ar polar pode avançar e entrar no Brasil”, gerando geadas, continuou o agrometeorologista.
“O risco para ter geada é mínimo, por conta da frente fria, mas tem que observar.”