Pesquisa da Reuters com economistas apontava expectativa de saldo positivo de US$ 9,9 bilhões para o período.
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A secretaria projeta exportações de US$ 330,0 bilhões no ano e importações de US$ 245,2 bilhões.
A projeção de US$ 84,7 bilhões da Secex para o saldo comercial em 2023 contrasta com a previsão de US$ 54 bilhões calculada pelo Banco Central, conforme o último Relatório de Inflação.
Questionado a respeito da diferença nas projeções, o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Alves Brandão, afirmou durante coletiva de imprensa que isso ocorre em função das metodologias utilizadas.
Segundo ele, a Secex utiliza a metodologia da ONU, enquanto o BC está alinhado à metodologia do FMI (Fundo Monetário Internacional), que inclusive leva em conta fatores como a importação de criptomoedas e de plataformas de petróleo.
“O BC parte de premissas diferentes para fazer suas projeções”, resumiu.
Acumulado do ano
Os dados da Secex mostraram ainda que o saldo comercial acumulado no primeiro semestre de 2023 foi de US$ 45,5 bilhões, valor 32,9% superior ao verificado no primeiro semestre do ano passado.
O desempenho foi resultado de exportações de US$ 166,2 bilhões, contra importações de US$ 120,6 bilhões.
Conforme Brandão, as exportações foram recorde para o período, de acordo com série histórica que tem início em 1989. A soja foi um dos destaques da pauta no semestre, com exportações de US$ 33,474 bilhões.