Em junho, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) apresentou deflação de 2,72%, depois de ter recuado 2,88% em maio. O resultado levou o índice a acumular em 12 meses queda de 12,37%, maior queda da série histórica iniciada em 2014.
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“É importante ter em vista o efeito da queda continuada dos preços de commodities-chave, que tem barateado os custos de produção ao longo das cadeias produtivas nacionais, tornado produtos importados básicos mais competitivos e reduzido a receita unitária de venda do exportador brasileiro”, completou.
Segundo os dados do IBGE, entre as 24 atividades analisadas, 19 apresentaram deflação no mês. As variações mais intensas foram registradas por indústrias extrativas (-10,52%), refino de petróleo e biocombustíveis (-6,32%), outros produtos químicos (-5,01%) e papel e celulose (-4,40%).
Alimentos, com queda de 3,35% frente a maio, foi o setor de maior peso, sendo responsável por -0,83 ponto percentual de influência no resultado geral.
De acordo com ele, a queda de alimentos deriva de uma combinação de safras expressivas, maior volume de abate e melhora do escoamento.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital recuaram 1,09%, bens intermediários tiveram queda de 3,41% e bens de consumo caíram 2,02%.
O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.