Com o banco sob sanções, a medida visa salvaguardar o acordo de grãos do Mar Negro que permite à Ucrânia exportar alimentos para os mercados globais, disse o jornal.
A Comissão Europeia não fez comentários, enquanto o Kremlin disse que não tinha nada a anunciar sobre a implementação do acordo, em resposta a questionamento sobre a reportagem nesta segunda-feira (3).
Mais de 32 milhões de toneladas, principalmente milho e trigo, foram exportadas pela Ucrânia sob o acordo.
Moscou reiterou nesta segunda-feira (3) que está pessimista sobre as perspectivas de renovação do acordo porque nenhum progresso foi feito na implementação de compromissos relacionados às exportações russas.
Houve pouca reação imediata da notícia nos mercados globais de grãos nesta segunda-feira (3), com os preços do trigo praticamente inalterado.
“Facilitar as sanções bancárias seria um método rápido de dar algo à Rússia”, disse o trader, acrescentando que ainda há muitas dúvidas sobre se o acordo será estendido.
A Rússia disse na semana passada que não vê razão para estender o acordo de grãos porque o Ocidente agiu de forma “ultrajante” sobre o acordo, embora tenha garantido aos países pobres que as exportações russas de grãos continuariam.
O plano de Moscou, proposto por meio de negociações mediadas pela ONU, permitiria que a unidade do banco lidasse com pagamentos relacionados às exportações de grãos, disse o jornal, citando fontes não identificadas.
Respondendo à reportagem do Financial Times, o embaixador geral do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Olha Trofimtseva, disse que a UE queria “facilitar de alguma forma o acordo de grãos”.
Além da restauração do acesso ao SWIFT, a Rússia também busca a retomada do fornecimento de maquinário e peças agrícolas, bem como a remoção de restrições a seguros e resseguros.