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Azevedo falou no bloco de temas sobre geopolítica e governança. Para ele, as políticas ambientais redistribuem um custo na economia e necessariamente encarecem o parque produtivo e, para equalizar a situação com o mercado interno, pode haver um encarecimento do produto importado. Comentou também que não existe investimento no âmbito empresarial de países desenvolvidos que não se leve em conta as emissões de carbono. “Elas próprias se impuseram disciplinas e compromissos no quesito ambiental”, disse Azevedo.
Segundo o ministro, os registros mostram que “apenas 2% dos agricultores brasileiros cometem crimes ambientais”, enquanto o restante cumpre as regras e deve ser reconhecido. Ele disse que se a UE continuar sem reconhecer os esforços do Brasil para proteger o meio ambiente, o país terá que trabalhar para fortalecer as relações comerciais com outros parceiros comerciais.
Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da ABAG, afirma que é fundamental o país manter o posicionamento do setor no âmbito global. “O Brasil tem um desenvolvimento da ciência tropical, diferentemente de outros países que adaptaram a ciência temperada e não possuem a mesma competitividade”, disse ele.
Para Grazielle Parenti, head de Business & Sustainability no Brasil e LATAM da Syngenta, o país precisa focar em governança e dar transparência e visibilidade para construir credibilidade, mostrando o protagonismo do agro e como o setor é estratégico e sustentável. “Os critérios ambientais e sociais deverão ser os padrões do mercado e precisamos falar sobre agricultura tropical para aproximar a conversa do campo com a cidade”.