Adiantado, plantio de soja em Mato Grosso avança para 1,82% da área

22 de setembro de 2023

O plantio de soja em Mato Grosso, maior produtor da oleaginosa do Brasil, atingiu até esta sexta-feira (22) 1,82% da área total estimada, avanço de 1,37 ponto percentual em relação à semana anterior, informou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Neste início dos trabalhos, o plantio no Estado supera o índice da mesma época do ano passado (1,79%) e a média histórica para o período (0,97%).

O plantio avançou apesar de poucas chuvas nos últimos sete dias na maioria das regiões de Mato Grosso. No sudoeste, houve registro de 5,3 milímetros de chuva, enquanto no norte, 4 milímetros. Apenas o sudeste mato-grossense, com 14,6 milímetros, teve chuvas acima da média histórica, segundo dados do LSEG.

O plantio de soja está mais avançado no oeste de Mato Grosso, onde produtores começaram o trabalhos mais cedo após uma autorização do Ministério da Agricultura, visando uma melhor janela climática para a produção de algodão na segunda safra. A região é a principal produtora da pluma no Estado.

No oeste, produtores semearam 5,57% da área projetada, versus 3% na mesma época do ano passado.

No Médio-norte de Mato Grosso, a principal região produtora de soja do Estado, o plantio atingiu 1,21%, versus 2,09% na mesma época do ano passado.

Para a próxima semana, os volumes acumulados de chuvas devem ser cerca de 20 milímetros no norte de Mato Grosso, região que deverá receber mais precipitações, mas ainda abaixo da média para o período, conforme informações meteorológicas publicadas pelo LSEG.

A safra de soja de Mato Grosso está estimada pelo Imea em 43,8 milhões de toneladas, queda de 3,4% ante a temporada passada, quando o Estado registrou uma colheita recorde. Para 23/24, o Imea prevê uma redução na produtividade de 4,17%, enquanto projeta aumento na área plantada de 0,8%, para 12,2 milhões de hectares.

Em outras regiões, como o Paraná e São Paulo, a semeadura da soja avançou com rapidez, mas, em algumas áreas, o calor acentuado e a baixa umidade do solo impediram que as atividades fossem ainda mais intensas, avaliou nesta sexta-feira o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).