O segundo maior produtor de milho do mundo começou sua colheita, com a produção provavelmente superando o total do ano passado, mesmo depois que os tufões do verão danificaram as plantações em algumas províncias do norte.
Uma queda nos preços exercerá pressão sobre os agricultores dos Estados Unidos, mas beneficiará os criadores de porcos e aves chineses, que usam o milho como matéria-prima para alimentar o maior plantel de suínos do mundo e têm perdido dinheiro durante a maior parte deste ano.
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A chuva forte aumentou a umidade do solo e impulsionou o crescimento em partes do nordeste, segundo analistas, ajudando a compensar as perdas em outros locais e a elevar a produção.
A colheita da China coincidirá com grandes chegadas de milho do Brasil, cuja importação foi aprovada por Pequim no final do ano passado.
Cerca de 254.027 toneladas métricas chegaram do país sul-americano em agosto, de acordo com a alfândega chinesa. A LSEG estima que outras 578 mil toneladas foram embarcadas do Brasil em agosto e 1,22 milhão de toneladas neste mês.
Os fabricantes de ração também adquiriram cevada australiana, oferecida com desconto em relação ao milho chinês quando as tarifas antidumping foram suspensas no mês passado.
“Estamos recebendo um pouco de cevada da Austrália, mas não muito. Espera-se que a safra (de milho) seja boa, e os preços cairão”, disse um gerente de um grande produtor de ração chinês, que não quis se identificar devido à sensibilidade do assunto.
O contrato futuro do milho para novembro na Dalian Commodity Exchange caiu 5% este mês, para 2.602 iuans (U$ 355,82) por tonelada.
O Brasil deve superar os Estados Unidos como exportador pela segunda vez seguida nesta temporada, e os preços atraentes de cerca de 270 dólares por tonelada para embarque em dezembro significam que a China ainda está comprando, disseram os traders.
A qualidade da próxima safra também ainda não está clara.
“Ainda é cedo para a colheita. E tanto o milho do Mar Negro quanto o da América do Sul são mais baratos do que o milho local da China”, disse um trader de Cingapura de uma empresa de comércio internacional que fornece grãos para ração à China.