A safra no maior produtor e exportador global da oleaginosa crescerá com aumento de 2,8% na área plantada, para 45,3 milhões de hectares e alta de 2,2% nas produtividades, para 3.585 quilos por hectare.
Mesmo com os preços sob pressão baixista e perda na rentabilidade, a soja continua sendo uma cultura de elevada lucratividade e liquidez, o que influencia em uma expectativa de aumento de área no próximo ciclo, disse a Conab.
Com a maior oferta esperada para a safra que está começando a ser plantada, a exportação de soja do Brasil foi estimada em recorde de 101,45 milhões de toneladas em 2023/24, versus 96,9 milhões em 22/23, marcando também a primeira vez que os embarques superariam uma centena de milhões de toneladas, disse a Conab, citando maior demanda exportadora, além da safra recorde.
No caso da safra de milho, a Conab estimou a produção total em 119,8 milhões de toneladas, redução de 9,1% na comparação com o ciclo anterior, em meio a um recuo de 4,8% na área plantada, para 21,2 milhões de hectares, e nas produtividades esperadas (-4,6%), após recordes em 2022/23.
A redução na área plantada de milho do Brasil (maior exportador global) foi considerada diante de uma redução das cotações do cereal tanto no mercado internacional como no nacional.
A Conab ainda projetou uma queda de 26,9% na estimativa de exportação de milho do Brasil em 23/24, para 38 milhões de toneladas, enquanto vê um aumento de 37,2% no consumo do cereal para a produção de etanol.
O estudo não foi feito com base em pesquisa de campo, diferentemente dos levantamentos mensais da Conab, mas considera um modelo estatístico para estimar área, produtividade e produção dos grãos, além de cenários macroeconômicos de mercado nacional e internacional e preços das commodities.
Com uma menor produção de milho, principalmente, a produção total de grãos e oleaginosas do Brasil foi estimada em 319,5 milhões de toneladas na safra 2023/24, recuo de 1% ante o recorde de 322,75 milhões de toneladas do ciclo passado.
Carnes
A produção de carne de frango em 2024 foi estimada em 16 milhões de toneladas, alta de 3,8% ante 2023, com as exportações avançando praticamente o mesmo percentual, para 5,3 milhões de toneladas.
No caso da carne bovina, a produção no ano que vem foi prevista em 9,25 milhões de toneladas (equivalente carcaça), praticamente estável em relação a 2023, enquanto a exportação deve crescer 1,4%, a 2,96 milhões de toneladas.
O Brasil é o maior exportador global de carne bovina e de frango.