O consumo de diesel B e biodiesel do Brasil deverá seguir forte no ano que vem, alcançando novos recordes, diante da perspectiva econômica positiva e por um esperado aumento de safra de soja, que eleva a demanda por transporte e usos na agricultura, projetou nesta sexta-feira (20) a consultoria StoneX.
A demanda por diesel B (misturado com biodiesel) deverá aumentar 2,13% em 2024 ante 2023, para 66,5 bilhões de litros, renovando um recorde esperado para este ano, segundo a StoneX.
“Paralelo a isso, a safra de soja deve seguir operando em expansão em 2024, com a StoneX estimando um avanço da produção de 4% no comparativo com o ano anterior, favorecendo um aumento da demanda por diesel, que acaba servindo como principal combustível para o fluxo logístico agrícola do país…”, completou.
Em relatório, a consultoria aumentou a previsão de consumo de diesel B em 2023 no país para máxima histórica de 65,1 bilhões de litros, versus 64,3 bilhões na previsão anterior.
Já o consumo de biodiesel no Brasil foi estimado em 7,6 bilhões de litros em 2023, ante 7,4 bilhões na litros na previsão anterior, na esteira do maior consumo do diesel B.
Com isso, a demanda brasileira de biodiesel está estimada em 8,5 bilhões de litros em 2024, nova máxima histórica.
“As perspectivas de crescimento do PIB e de safras muito positivas devem levar o país a um novo recorde de consumo de diesel B em 2024. Neste cenário, considerando a mudança da mistura do biodiesel no diesel de 12% para 13% a partir de abril, o crescimento do consumo do biocombustível deve mostrar ritmo ainda mais intenso”, afirmou.
Isso também tem favorecido a demanda por óleo de soja, principal matéria-prima do biodiesel no Brasil.
“Enquanto em janeiro e fevereiro, o óleo de soja compôs respectivamente 73% e 77% da matéria-prima utilizada na produção de biodiesel, a partir de março essa participação mensal alcançou os 80%, chegando a atingir os 85% em maio e julho”, destacou.
No acumulado entre janeiro e agosto, o óleo de soja correspondeu a cerca de 82,5% de todo o insumo utilizado na produção do biocombustível.
“Com a expansão do óleo de soja, algumas matérias-primas perderam espaço, com destaque para o sebo bovino, que chegou a possuir um share de 10% nos primeiros meses do ano, mas que em agosto contabilizou apenas 5,0%”, pontuou.