A ADM, sediada em Chicago, disse nesta terça-feira (24) que estava elevando sua perspectiva de lucros para o ano inteiro, após três primeiros trimestres do ano fortes e um ambiente de mercado favorável.
A ADM capitalizou a boa demanda por alimentos, ração animal e biocombustível, ao passo que as safras recordes de milho e soja no Brasil compensaram a redução dos suprimentos da Argentina, atingida pela seca, e da Ucrânia, devastada pela guerra. A empresa ganha dinheiro com o processamento, o comércio e o transporte de safras em todo o mundo.
A unidade de Serviços Agrícolas e Sementes Oleaginosas da ADM, a maior da empresa em termos de receita, registrou uma queda de 21% no lucro operacional, uma vez que um aumento nas exportações de safras da América do Sul reduziu a demanda por suprimentos dos Estados Unidos, onde se concentra a maior parte das operações da empresa.
Os resultados mais baixos do esmagamento de sementes oleaginosas em relação ao ano anterior também afetaram o lucro.
Os resultados nitidamente inferiores da Wilmar International, listada em Cingapura, pressionaram o subsegmento de sementes oleaginosas da ADM.
As sólidas margens de etanol, adoçantes e amidos impulsionaram o segmento de Soluções em Carboidratos da ADM, que registrou um salto de 49% no lucro operacional.
O segmento de Nutrição da ADM apresentou resultados mais baixos, devido à fraca demanda por alternativas à proteína da carne e ao tempo de inatividade não planejado em uma grande unidade de processamento de soja, após um acidente em setembro.
As ações da ADM subiram 0,8% nas negociações do pré-mercado.