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Os preços da carne bovina nos EUA bateram recordes este ano, depois que a seca levou os fazendeiros a reduzir o rebanho do país ao seu menor nível em décadas, e as empresas de carne estão dependendo mais das importações para processar a carne moída para hambúrgueres.
O Paraguai não negociou a venda de carne bovina para os EUA sob seu próprio acordo de cotas, portanto, precisa competir com outros países na mesma situação para preencher uma cota tarifária de grupo, disse Stephen Sothmann, diretor executivo do Meat Import Council of America.
“Normalmente, agora há uma corrida muito grande para conseguir produtos dentro dessa cota”, disse Sothmann. “A probabilidade de isso alterar a quantidade de oferta de carne bovina importada é muito limitada.”
Os fornecedores enfrentam um imposto exorbitante de 26,4% sobre o valor dos produtos enviados acima da cota tarifária, tornando esses negócios economicamente inviáveis.
O USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) prevê que o total de importações de carne bovina pelos EUA será de cerca de 1,6 milhão de toneladas este ano. O Paraguai poderá eventualmente embarcar de 3.250 a 6.500 toneladas por ano, ou 5% a 10% da cota tarifária para os países sem acordos individuais, informou o USDA.
Os EUA restabeleceram a habilitação do Brasil de enviar carne bovina in natura em 2020, após uma interrupção devido a preocupações com a segurança alimentar. A Namíbia enviou carne bovina comercial para os EUA pela primeira vez em 2020, após 18 anos de negociações comerciais, mas não fez remessas desde então, segundo registros dos EUA.
Os EUA já haviam bloqueado a carne bovina do Paraguai devido a preocupações com a febre aftosa, mas disseram que uma extensa revisão constatou que as remessas agora são seguras sob certas condições.
*Reportagem de Tom Polansek