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A iniciativa começa com 20 mil hectares de produtores de grãos em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, que receberão financiamentos e orientações da ADM sobre como refinar suas práticas agrícolas para torná-las mais sustentáveis.
Mas o programa é “escalável” no curto prazo, podendo aumentar dez vezes a área envolvida em dois anos no país, segundo executivos da multinacional.
A ideia da agricultura regenerativa tem o princípio básico de fazer mais com menos, ou seja, obter maior produtividade com menor utilização de insumos, menor uso de água, menor emissão de gases de efeito estufa, o que permite menor degradação do solo e redução do uso de combustíveis e energia.
Segundo o executivo, o programa também tem alguns pilares como o plantio direto, prática agrícola já bastante utilizada no Brasil, assim como a rotação de culturas, e também a recuperação de áreas degradadas. Também pode apoiar a implantação de sistemas lavoura-pecuária e a fixação de nitrogênio do solo.
Nos 20 mil hectares iniciais, a ADM terá parceria em trabalhos técnicos com a Bayer, que já tem uma calculadora de emissão de gases de efeito estufa desenvolvida em parceria com a Embrapa.
Segundo a companhia, os grãos produzidos com apoio do programa de agricultura regenerativa poderão ter um prêmio de sustentabilidade sobre preço do mercado.
“Os produtores não têm obrigação para vender produto para a ADM ou comprar produtos da ADM ou de qualquer empresa, não queremos fazer uma venda casada, é um programa que tem como foco a diferenciação dos produtores”, disse o gerente de Carbono e Agricultura Regenerativa da ADM, André Germanos.
A companhia não divulgou valores que está investindo no programa.