O etanol já havia registrado crescimento em agosto, após ter amargado queda nas vendas na maior parte do ano, enquanto a gasolina estava mais competitiva. No acumulado de janeiro a setembro, a comercialização do combustível renovável ainda acumula queda de 3,8%.
Colabora para a competitividade do etanol o aumento de 10% na produção do combustível no centro-sul no acumulado da safra 2023/24 até a primeira quinzena de outubro, com uma colheita recorde de cana na principal região produtora, além de crescimento forte da fabricação de etanol de milho, conforme dados da associação Unica.
“É a primeira vez neste ano que as vendas mensais (de gasolina) não superaram os resultados de 2022, reflexo da menor competitividade da gasolina C frente o etanol hidratado em importantes Estados consumidores, como São Paulo e Minas Gerais, com a paridade se mantendo abaixo de 70% nas últimas semanas em ambos os Estados”, pontuou nota dos analistas de mercado da StoneX, Isabela Garcia e Bruno Cordeiro.
As vendas de diesel, o combustível mais consumido no Brasil, aumentaram 4,6% em setembro em relação ao mesmo período do ano passado, para 5,74 bilhões de litros, embora tenham ficado abaixo do recorde histórico de 6,2 bilhões de agosto. No acumulado do ano, registram crescimento de 3,3%.
“Assim, entende-se que as vendas de diesel seguem bastante aquecidas no Brasil, e, mesmo com uma possível queda sazonal ao longo do quarto trimestre de 2023, o país deve atingir um novo recorde de consumo do combustível nesse ano”, disse a StoneX, que projeta um crescimento de 2,99% em 2023 no comparativo com o ano passado.