Cooabriel vê quebra de até 25% na safra 2024 de café conilon do Espírito Santo

Apresentado por
15 de dezembro de 2023
Jose Roberto Gomes/Archivo/Reuters

As condições atuais das lavouras no Espírito Santo, maior produtor brasileiro de conilon, levam à sugestão de uma diminuição de produtividade para 2024

A safra de 2024 de café conilon do Espírito Santo teve quebra de produção estimada entre 15% a 25% em função do clima adverso, afirmou em nota nesta sexta-feira (15) a Cooabriel, maior cooperativa de cafeicultores de grãos dessa variedade do Brasil.

As condições climáticas adversas têm causado impactos em regiões cafeicultoras capixabas, em especial nas áreas de produção do café conilon, ressaltou a cooperativa.

  • Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

“As altas temperaturas registradas, a precipitação abaixo da média e a consequente diminuição de reservas hídricas, são os fatores que causam maior alerta”, afirmou.

As condições atuais das lavouras de conilon no norte e noroeste do estado do Espírito Santo, maior produtor brasileiro de conilon, levam à sugestão de uma diminuição de produtividade para 2024.

“Embora ainda seja precoce mensurar índices para a quebra da produção, no momento é possível considerar perdas entre 15% e 25%“, ressaltou a cooperativa.

“Contudo, é importante frisar que esses percentuais poderão sofrer variações, em face das particularidades de cada região e, até mesmo, em função de condições climáticas futuras, que ainda não podem ser antevistas, mas devem ser consideradas.”

De acordo com o engenheiro agrônomo Perseu Fernando Perdoná, que atua como consultor técnico na região e foi citado no comunicado da cooperativa, o estágio atual da cultura implica em maior sensibilidade às ondas de calor.

“É importante considerar que os cafeeiros estão em fase de expansão de fruto, o que torna os grãos em formação mais vulneráveis às altas temperaturas”, disse.

Aliado a isso, a cooperativa apontou a incidência de algumas pragas nas áreas produtivas agravam a situação atual.