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O acordo exige “a transição dos combustíveis fósseis…de uma forma justa, ordenada e equitativa” para atingir emissões líquidas zero até 2050.
O texto final, no entanto, evita apelar a uma “eliminação progressiva” do uso de petróleo e gás – que foi impulsionado por um grupo de mais de 100 nações, incluindo os EUA, o Canadá e os países da União Europeia – devido à forte oposição do governo liderado pela Arábia Saudita, no bloco OPEP de nações produtoras de petróleo.
O acordo, no entanto, procura esforços acelerados para “a redução progressiva da energia vinda do carvão”, o único combustível fóssil a ser alvo de linguagem forte.
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Pela ciência, 1,5 graus Celsius é o limite para um aumento da temperatura global acima dos níveis pré-industriais, acordado pelos líderes globais como parte do Acordo Climático de Paris em 2015, sendo um aumento de 2 graus o limite superior.
Citações cruciais na COP28
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse: “Aos que se opuseram a uma referência clara à eliminação progressiva dos combustíveis fósseis durante a Conferência Climática COP28, quero dizer: Quer gostem ou não, a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis é inevitável. Esperemos que não chegue tarde demais.”
Apesar de não ter apelado à eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, o acordo final desta quarta-feira apresentou alterações importantes em relação à versão preliminar divulgada na segunda-feira (10), que foi alvo de duras críticas internacionais.
O texto original previa apenas a redução do “consumo e produção de combustíveis fósseis, de forma justa, ordenada e equitativa”. O enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, refutou contundentemente a proposta por não ter conseguido “passar no teste” de manter viva a temperatura de 1,5 graus Celsius do Acordo de Paris. No seu discurso, Kerry disse: “Eu, como a maioria de vocês aqui, recuso-me a fazer parte de uma charada”.