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“Não gostamos de ser chamados de uma empresa de commodities; somos uma empresa de originação”, diz Judiney Carvalho de Souza, 51 anos, presidente-executivo da Amaggi. Em 2022, a André Maggi Participações, a Amaggi, faturou R$ 47,37 bilhões, valor 24% acima do registrado em 2021.
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Com uma forte presença no esmagamento de soja, logística de exportação terrestre e portuária, energia, serviços financeiros e de corretora, a Amaggi tem mantido um Capex (despesa de capital para investimentos) de R$ 2 bilhões (US$ 400 milhões) por ano. “Nos últimos 10 anos, investimos R$ 20 bilhões”, diz Souza. “Desde que a Amaggi nasceu, a cada oito anos, dobramos o tamanho da empresa.”
De acordo com o executivo, essa constância nos resultados vem da construção e da execução de um plano estratégico revisto a cada três anos. “Hoje, temos 100% do que ocorre na Amaggi mapeado e acompanhado”, afirma. “E vamos continuar crescendo junto com nossos parceiros.”
Entretanto, desses desafios, o que Souza mais considera é a hercúlea tarefa de cuidar da formação de colaboradores para os trabalhos no meio rural. Entre campo e cidade, a Amaggi emprega 8.600 funcionários. “Não tem sentido você colocar uma máquina que pode custar R$ 8 milhões nas mãos de uma pessoa que não sabe guiar uma moto”, afirma ele. “Isso é um modo de dizer que é preciso investir na educação, porque ela muda a pessoa e muda o seu comportamento, a sua cultura”. Não foi por acaso a criação da Universidade Amaggi, uma plataforma para a formação continuada que reúne 14 escolas.