Cafeteria usa filme “Meninas Malvadas” para vender produção de grãos especiais

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9 de janeiro de 2024
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Cafés de produtores parceiros são usados em vários tipos de preparação

A rede de cafés especiais We Coffee, em São Paulo, começou a promover nesta segunda-feira (8) o lançamento do filme “Meninas Malvadas”, da Paramount Pictures, com uma série de atrativos. O objetivo da cafeteria é oferecer nos cardápios de três lojas de movimentados shoppings na capital – Ibirapuera, Morumbi e Paulista – produtos vindos diretamente de fazendas parceiras e preparados para atrair o público frequentador de cafeterias.  A rede, que fez fama pelo seu visual instagramável, usa a decoração cor-de-rosa do filme para ajudar na experiência do consumidor. A ação vai até o dia 4 de fevereiro.

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“Sensorialmente, nosso espresso é frutado, com notas de caramelo e chocolate meio amargo”, explica Elena Boscato, a barista da rede de cafés. O expresso servido na campanha é um blend único das cultivares catuaí e arara produzidas, respectivamente, por duas fazendas. Em Divinolândia (SP), na região de Alta Mogiana, o produtor Paulo Mengali cultiva 12 hectares de onde saem três toneladas de café por safra. Em Alto Jequitibá (MG), na região do Alto do Caparaó, Lila Maria da Rosa é a outra produtora — ela produz 20 mil pés de café verde ou 15 toneladas por safra, em 24,2 hectares, nos sítios Puro Grão e Agraciado. As regiões paulista e mineira são reconhecidas pela cafeicultura de qualidade.

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Loja da rede de cafeterias que chegou no Brasil em 2020

“A gente escolheu um café com características básicas, como o sabor de chocolate e castanhas, e um outro com mais complexidade, para trazer notas sensoriais, mas sem deixar a acidez muito elevada”, diz Elena. “A base de castanha e chocolate, do arara, compõe 80% do blend, e os outros 20% são do catuí vermelho, que tem uma nota bem frutada e textura de melaço”.

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Na escala de avaliação da SCAA (Specialty Coffee Association of America), os grãos utilizados pela We Coffee têm nota superior a 80, portanto são considerados especiais. De acordo com a BSCA (Brazilian Specialty Coffee Association), com sede em Varginha (MG), os cafés especiais respondem por cerca de 20% da produção total do grão no país, o equivalente a 8 milhões de sacas de 60 quilos.

Desse total, cerca de 90%, ou sete milhões de sacas, são exportadas. O mercado interno, embora em crescimento, ainda é considerado tímido. É esse cenário que a We Coffee acredita poder mudar, ou seja, aumentar o consumo dos grãos diferenciados.

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Elena Boscato é a barista da rede de cafés

O CFO da companhia no Brasil, Alexandre Germano, conta que o volume de compra, atualmente, chega a uma tonelada de café a cada seis meses, ou 150 quilos por mês, considerando os dois produtores. A escolha dos fornecedores, lembra o executivo, “foi feita com pesquisa realizada pela barista junto com a Silvia Magalhães Café e Torra, que é a nossa torrefadora em Cotia (SP), quando decidimos que compraríamos o café diretamente do produtor”.

A estreia do novo longa-metragem norte-americano, que teve uma primeira versão em 2004, será no dia 11 de janeiro. A We Coffee propõe uma imersão no universo do filme, que reconta a história da paixão de uma colegial pelo garoto errado. No cardápio da We Coffee está o café The Plastics, por exemplo, um espresso que leva calda e leite de morango artesanal, mais morangos frescos e cranberry em pó.

Com oito cafeterias na capital paulista, a We Coffee surgiu em 2020 e os sócios brasileiros e chineses, que preferem não se identificar, já investiram R$ 25 milhões. A empresa conta com um centro fabril e logístico de 3,5 mil metros quadrados no Cambuci, na zona sul da capital, onde o café é moído e os doces e salgados, produzidos — como pães, cannolis, mousse, entre outros. A rede espera faturar R$ 60 milhões neste ano.