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A primeira linha de insatisfação está diretamente relacionada ao aumento do aperto sobre a legislação ambiental europeia. Há regras que foram impostas por lá sobre os agricultores que, praticamente, inviabilizam a produção. Por exemplo, a redução do uso de adubos nitrogenados e pesticidas, por conta da emissão de gases de efeito estufa; a recuperação florestal referente a 4% das áreas dentro das propriedades – algo por sinal que o Brasil convive com, no mínimo, 20%.
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Já a segunda linha de reivindicação tem a ver com a natureza protecionista do agronegócio europeu, que tem raízes
antigas desde a formação do bloco lá na década de 1950. Por exemplo, os governos europeus têm buscado acordos comerciais com outros blocos econômicos, especialmente com o Mercosul, para aquisição de produtos agropecuários. Isso incomodou sobremaneira os produtores locais, em especial a França que é muito protecionista, e quem mais recebe recursos dos governos.
Ou seja, os produtores europeus não querem que outros países acessem comercialmente a Europa e parece, de fato, que o acordo não vai se concretizar por conta disso, já que tem que ser ratificado pelos parlamentos de todos os países europeus.
seja, pode haver um recrudescimento da enorme pressão que já vemos hoje sobre o Brasil.
Com as barreiras que temos hoje, a Europa já figura como o segundo maior cliente do agronegócio brasileiro –
o primeiro é a China. Ou seja, a Europa é responsável por US$ 25 bilhões em receita com importações do agronegócio brasileiro ou 16% dessas nossas exportações.