Soja fecha em alta em Chicago, milho e trigo caem após dados do USDA

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8 de fevereiro de 2024

Interesse aumentou após os contratos futuros da Bolsa de Chicago terem atingido os maiores patamares nominais desde setembro de 2012

Scott Olson/Guettyimages

Mercado buscava obter clareza sobre o tamanho da safra brasileira, segundo os traders

Os contratos futuros de soja negociados na bolsa de Chicago encerraram o dia em alta nesta quinta-feira (8), com uma onda de compras no final da sessão, enquanto o mercado lutava para obter clareza sobre o tamanho da safra brasileira, disseram os traders.

Tanto o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) quanto a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) reduziram suas previsões sobre o tamanho da safra de soja no Brasil após o clima quente e seco.

No entanto, ainda não estava claro o quanto a produção poderia ser menor, já que as agências continuaram a pintar quadros diferentes, acrescentaram os traders.

Enquanto isso, o USDA revisou para cima a safra recorde de soja do Brasil na temporada anterior e seus estoques finais, de acordo com o relatório mensal de oferta e demanda mundial divulgado hoje.

“O que ele diz é que o ano passado foi uma safra recorde que não para de crescer”, disse Susan Stroud, analista do boletim informativo No Bull e do serviço de consultoria de commodities.

“O Brasil não só teve uma safra recorde no ano passado, como também tem grandes quantidades sacas que ainda estão por lá”, disse ela.

As safras do Brasil, maior fornecedor de soja do mundo, competem com os Estados Unidos pelas vendas globais.

Os futuros do milho ficaram brevemente positivos — antes de voltarem a cair — com a notícia de que a colheita brasileira é um pouco menor do que o mercado estava esperando, ainda de acordo com os traders.

E os futuros do trigo continuaram pressionados pelos sinais de queda nos preços do principal exportador de trigo, a Rússia, que reforçou suas preocupações com a concorrência acirrada nos embarques.

O contrato de soja mais ativo fechou em alta de mais de quatro centavos, a US$ 11,9 por bushel. O milho terminou em queda de 1 centavo, a US$ 4,3 dólares por bushel, e o trigo fechou em queda de 13,5 centavos, a US$ 5,8 dólares por bushel.