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A negociação da safra que está sendo colhida avançou apenas 2,8% ante o índice do mês anterior.
“Esta queda dos preços travou completamente as negociações, o produtor não quer vender nesses preços baixos. Ele acabou segurando à espera de preços melhores que acabaram não vindo”, disse o analista da Safras para soja, Luiz Fernando Roque.
Essa mínima em Chicago ocorreu apesar de uma quebra acentuada da safra do Brasil, pressionada principalmente por uma produção menor que a esperada em Mato Grosso, o principal Estado produtor do país.
De outro lado, os preços internacionais sofrem impacto do avanço esperado na colheita da Argentina, que tem potencial de dobrar na comparação com a temporada anterior atingida pela seca.
Até a semana passada, o Brasil havia colhido pouco mais de 15% da safra projetada, segundo números da Safras.
Segundo o analista, a comercialização tende a avançar à medida que a oferta do Brasil aumente com o desenvolvimento da colheita, ainda que os preços não melhorem.
“O produtor que está descapitalizado agora vai ter que vender nos próximos meses durante a colheita para fazer caixa, então de alguma forma pode ser que, mesmo com preço mais baixo, em fevereiro, a partir de março, o ritmo de negócios melhore um pouco”, opinou Roque.
“Porque muito produtor vai ter de vender mesmo na baixa de preço para poder fazer caixa.”
Segundo a Safras, a colheita no Paraná é de 22%, comparada com a média de 9,8%. Em Mato Grosso, os trabalhos chegaram a 39%, superando a média de 28% para o período, conforme números da consultoria divulgados na sexta-feira.