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A safra de soja do Brasil em 2023/2024 foi estimada pela StoneX nesta sexta-feira em 151,5 milhões de toneladas, alta de 1,1 milhão de toneladas na comparação com a previsão do mês passado.
Uma alta mensal nas estimativas na safra de soja, atingida pela seca e calor, foi rara na temporada 2023/24 do Brasil. Mas a StoneX indicou uma melhora climática por chuvas recentes ao norte do país, após seguidos cortes nas previsões.
“Observou-se ao longo das últimas semanas bons volumes de precipitação em grande parte das regiões produtoras de soja, o que beneficiou a condição das lavouras, principalmente das plantadas mais tarde.”
Já a consultoria AgResource divulgou também nesta sexta-feira uma análise mais pessimista da atual safra de soja do Brasil, dizendo que a colheita totalizará 143,9 milhões de toneladas, 5,5 milhões de toneladas abaixo da previsão do mês passado, citando a queda de produtividade.
Visões apresentadas mais cedo nesta semana também indicam uma distância entre as estimativas: enquanto a associação da indústria, a Abiove, estimou a colheita em 153,8 milhões de toneladas, redução de 2,3 milhões de toneladas na comparação com a previsão anterior, a consultoria AgRural apontou na segunda-feira 147,7 milhões de toneladas.
Mas ainda assim a safra seria a segunda maior da história do Brasil, segundo os especialistas de mercado.
A StoneX ressaltou que “parte considerável da safra ainda precisa ser colhida e, portanto, novas revisões ainda podem ser realizadas”.
A StoneX não alterou números de exportações e consumo interno da oleaginosa, estimadas em 93 milhões de toneladas e 57,5 milhões de toneladas, respectivamente.
A consultoria elevou ainda as projeções de estoques finais de soja do Brasil para 3,2 milhões de toneladas, contra a estimativa anterior de 2,06 milhões de toneladas e 1,9 milhão na temporada passada.
Estimativa de milho mantém-se
A StoneX praticamente não alterou os números de safra de milho do Brasil em 2023/24, estimando a produção total em 124,4 milhões de toneladas, cerca de 100 mil toneladas a menos que o estimado no relatório anterior.
A AgResource vê a produção nacional de milho em 114,94 milhões de toneladas, 3,2% abaixo da projeção anterior, por conta da menor produtividade esperada.
A StoneX acredita que o Brasil não exportará tanto milho como na temporada anterior, quando vendeu 54,6 milhões de toneladas ao exterior, patamar que colocou o país no topo do ranking mundial de exportação, à frente dos Estados Unidos.
As exportações brasileiras de milho na atual temporada estão previstas em 45 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno de milho foi mantido em 84 milhões de toneladas, disse a StoneX.
A AgResource vê o potencial de exportação de milho do Brasil em 39 milhões de toneladas nesta temporada.
A segunda safra de milho no Brasil está em processo de plantio. Já a primeira safra 2023/24 de milho foi estimada em 25,9 milhões de toneladas pela StoneX, estável ante o mês anterior, mas “com a possibilidade de alterações devido à grande quantidade de cereal que ainda deve ser colhida”.
O número total para o milho inclui ainda a terceira safra, estimada em 2,2 milhões de toneladas.