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Em documento entregue ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a principal entidade do setor agropecuário do Brasil justifica o aumento da necessidade de recursos citando as perdas na última safra como consequência do fenômeno El Niño, enquanto os preços das commodities se mantiveram pressionados pelo cenário da oferta global.
“Associados aos desafios climáticos, às projeções de redução nos preços dos produtos agropecuários e à manutenção dos custos de produção ainda em patamares elevados, os obstáculos enfrentados pelos produtores rurais ampliam-se, comprometendo as margens brutas do setor”, afirmou diz a CNA no documento.
Do total para financiamentos à agricultura empresarial, R$ 359 bilhões seriam destinados ao custeio e comercialização, enquanto R$ 111 bilhões seriam para investimentos.
A confederação ainda pediu R$ 100 bilhões para financiar a agricultura familiar, que no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a ter um orçamento separado.
Na temporada passada, entre a agricultura empresarial e familiar, o governo destinou ao todo cerca de 435,8 bilhões de reais em financiamentos.
Para 2025, a CNA propõe 4 bilhões de reais em subvenções para o seguro, afirmando ser este um instrumento fundamental para mitigar os riscos inerentes à atividade agropecuária.
Segundo a entidade, os recursos à disposição atualmente são insuficientes para a subvenção do prêmio.
Com relação aos juros, a entidade propõe redução de 0,5 ponto percentual nas taxas de financiamento para agricultores que adotam práticas agrícolas mais sustentáveis. Outra opção seria dar limite extra financiável de 20% nos custeios desses produtores.
A entidade também quer medidas que ampliem as fontes de recursos do crédito rural, flexibilizando a aplicação das exigibilidades. Defendeu ainda o avanço do mercado de capitais e títulos privados do agronegócio, possibilitando aumentar o funding do setor.