Bolsa reduz previsão de safra de milho da Argentina

Apresentado por
2 de maio de 2024

O contrato março do milho fechou em alta de 7,25 centavos, a US$ 4,07 (R$ 20,23) o bushel

Espiga de milho - Foto: Lamyai - Gettyimages

Argentina é o terceiro maior exportador de milho do mundo

A estimativa de produção de milho 2023/24 da Argentina caiu para 46,5 milhões de toneladas, de 49,5 milhões de toneladas estimadas anteriormente, devido aos danos causados pela cigarrinha, inseto vetor de doenças, e ao clima adverso de dois meses atrás, informou a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BdeC) na quinta-feira.

O corte vem se somar a outros já feitos pela bolsa de grãos, que no início da temporada, antes do crescimento incomum da população de cigarrinhas, estimou a produção do cereal em um recorde de 56,5 milhões de toneladas.

“Estima-se que a área não colhida (de milho) nas áreas afetadas pela cigarrinha e pelo estresse térmico seja, em média, de 17%”, disse a BdeC em seu relatório semanal de safra, acrescentando que os produtores colheram 22,1% da área total plantada com o cereal.

A cigarrinha é um pequeno inseto que é vetor da doença chamada spiroplasma kunkelii, entre outras.

Isso faria com que a produção de milho da Argentina fosse a menor dos últimos sete anos, sem contar as temporadas 2017/18 e 2022/23, que foram afetadas por grandes secas.

Com relação à soja, a bolsa disse que também poderia cortar sua previsão para a produção argentina de 23/24 de 51 milhões de toneladas, devido a rendimentos menores do que os esperados, diante do clima adverso registrado em março.

A colheita de soja na Argentina está avançada em 36,2% da área plantada nacional.

A Argentina é o terceiro maior exportador de milho do mundo e um importante fornecedor global de óleo e farelo de soja.