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O encontro, segundo o Mapa, foi o primeiro de uma série que será realizada para a adoção de medidas de reconstrução da agropecuária gaúcha, a princípio a cada dois dias para que as informações sejam constantemente atualizadas e as medidas de amparo ao setor sejam o mais efetivas possível.
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Para o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, foi uma reunião positiva e de peso pela presença grande dos sindicatos rurais. “Temos uma situação anômala, porque vamos precisar reconstruir muita coisa”, disse ele. “O ministro falou no dinheiro de longo prazo e salientou que ele existe. Falou, também, na criação de um fundo garantidor para suportar o sistema financeiro na concessão de crédito.”
O economista da Farsul, Antonio da Luz, apresentou um panorama dos impactos no estado que, de forma excepcional, atingiram todos os setores. No agro, algumas fazendas foram completamente destruídas e, de acordo com ele, apesar da maior parte da safra de arroz já ter sido colhida, os silos de armazenagem também foram atingidos pelas enchentes.
São esses os pontos apresentados ao ministro Fávaro pela Farsul, para serem adotadas de forma emergencial: prorrogação de todas as parcelas de custeio, investimento e comercialização, independente da fonte dos recursos, onde a de custeio será prorrogada pelo tempo da liberação do “Crédito Reconstrução” e a de
investimento para depois da última.
Além disso, a criação dos créditos de investimento seriam destinados a reconstrução da estrutura produtiva, podendo ser empregado em bens de capital, benfeitorias ou infraestrutura de apoio a produção. Para se enquadrar na proposta da Farsul, estariam aptos produtores rurais que de municípios afetados por inundação nos eventos de maio de 2024, com decreto de emergência ou calamidade pública e que estejam acompanhados de laudo de perdas assinadas pelo agrônomo responsável ou Farsul, entidade pública de extensão e/ou formação profissional, ou com comprovada dificuldade de comercialização por razões logísticas.
O prazo para quitação é proposto em 15 parcelas anuais, podendo ser concedida carência das duas primeiras parcelas. Em relação aos juros, a base seria a meta de inflação apontada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)
dada ao Banco Central, que hoje está em 3% ao ano.
O ministro Fávaro ressaltou que ainda o trabalho do governo federal desde as primeiras horas das chuvas intensas com a prioridade máxima em salvar vidas neste primeiro momento. E lembrou que, paralelamente, todos os ministros estão trabalhando em conjunto e de forma sistêmica pensando não apenas nas ações emergenciais, mas nos próximos passos a serem adotados à medida em que as águas forem baixando nos municípios.