85% das empresas brasileiras elaboram relatórios de sustentabilidade, revela KPMG

Apresentado por
8 de julho de 2021
Getty Images/People Images

Para a sócia da KPMG, as empresas que possuem relatórios sobre o assunto confirmam a qualidade de sua liderança

“As mudanças climáticas vão permanecer no topo da lista de prioridades dos reguladores, investidores, governos e empresas durante os próximos anos”, diz Nelmara Arbex, sócia e líder de ESG da consultoria KPMG. Sua visão não é fruto de uma mera intuição de mercado. Na realidade, a executiva pensa dessa forma por conta do último estudo que ajudou a comandar na rede global.

Intitulada “Chegou a hora – Relatórios de Sustentabilidade 2020”, a pesquisa revisou informes de ESG – publicados entre julho de 2019 e junho de 2020 – de 5.200 empresas sediadas em 52 países e jurisdições, entre eles, o Brasil, com 100 participantes, sendo quatro delas elencadas entre as 250 maiores companhias analisadas no estudo. O resultado, para o Brasil, apontou que 85% das empresas pesquisadas elaboram relatórios de sustentabilidade.

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Além disso, 72% delas utilizam as normas da GRI (sigla em inglês para Global Reporting Initiative, uma entidade internacional que define indicadores de performance social, ambiental e governamental). “A preparação de relatórios sobre a performance ESG se tornou uma prática comum entre as grandes empresas e as listadas na Bolsa de valores. Isso é muito bom para toda a sociedade e não somente para investidores”, destaca Nelmara. “Nos próximos anos, haverá uma aceleração desse processo em função da extensão da prática às cadeias de fornecedores e outras iniciativas.”

Para a sócia, as empresas que possuem relatórios sobre o assunto confirmam a qualidade de sua liderança. “Quem ainda não publica esses dados corre sério risco de perder competitividade. Sobretudo, para as companhias que atuam no mercado internacional, que buscam capital, que se relacionam com consumidores e que procuram reter talentos.” E é pensando nisso – e, claro, no fornecimento de uma visão detalhada das tendências globais – que a KPMG já realizou 11 edições do levantamento.

Em geral, os riscos financeiros inerentes às mudanças climáticas vinham sendo subestimados, ou nem mesmo citados, nos relatórios dos últimos anos. Isso não será mais possível. “A maneira como essa questão é percebida e tratada pelas organizações é bem diferente daquela que prevalecia antigamente. É uma ótima notícia saber que boa parte das grandes empresas brasileiras está ciente dessas tendências e busca se adequar às novas demandas”, finaliza a sócia.

Participaram do estudo brasileiro as companhias nacionais com receita entre US$ 1 bilhão e US$ 20 bilhões, de 25 setores diferentes. Entre eles, mineração, mídia, engenharia industrial, bens pessoais, bebidas, saúde, equipamentos elétricos e eletrônicos, serviços financeiros, viagem e lazer, varejo, alimentos e medicamentos, bancos, entre outros.

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