Líderes do grupo das 20 maiores economias do mundo dirão que buscam limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius, nível que os cientistas dizem ser vital para evitar desastres, mas de maneira geral evitarão compromissos rígidos, segundo o esboço de um comunicado visto pela Reuters.
O comunicado conjunto sobre a necessidade de ações climáticas reflete negociações duras entre diplomatas. Os líderes estão reunidos para uma cúpula de dois dias em Roma, mas o esboço detalha poucas ações concretas para limitar as emissões de gases do efeito estufa.
O comunicado também afirma que os líderes reconheceram a “relevância vital” de atingir saldo zero de emissões até a metadedo século.
Esse é um objetivo que especialistas da ONU dizem ser necessário para alcançar o limite de 1,5 graus Celsius de aquecimento, mas alguns dos maiores poluidores do mundo ainda não se comprometeram com ele.
A China, maior emissora de gases do efeito estufa do mundo, determinou prazo até 2060.
GRANDES EMISSORES
O papel do G20 é crucial antes da cúpula climática mais ampla da ONU, conhecida como COP26, que será realizada em Glasgow, Escócia, na próxima semana, envolvendo quase 200 países.
O bloco do G20, que inclui Brasil, China, Índia, Alemanha e Estados Unidos, representa mais de 80% do Produto Interno Bruno (PIB) do mundo, 60% da população e estimadas 80% das emissões de gases do efeito estufa.
Isso se compara com uma versão anterior que dizia que “ações imediatas” eram necessárias, refletindo as discussões dolorosasem torno de linguagem que existem na diplomacia climática.
A referência na versão mais recente à importância de atingir saldo zero de emissões “até meados do século” substitui a versão anterior que era mais específica ao dizer “até 2050”. Essa estava entre parênteses, indicando que exigia negociação.
O esboço mais recente reconhece que os atuais planos nacionais para limitar as emissões precisam ser reforçados, mas dá poucos detalhes sobre como isso deveria ser feito.
(Com Reuters)