Grandes investidores, incluindo a Vanguard, com sede na Pensilvânia, enfrentam pressão de republicanos dos Estados Unidos sobre o uso de fatores ambientais, sociais e de governança (ESG) na escolha e gestão de títulos.
Um foco de crítica tem sido o esforço lançado em 2020 para incentivar empresas de fundos a atingir metas de emissão líquida zero até 2050 e limitar o aumento das temperaturas globais. Em novembro, o grupo tinha 291 signatários, representando cerca de US$ 66 trilhões em ativos sob gestão.
Em maio, a Vanguard divulgou compromissos que havia assumido de acordo com os objetivos do grupo. Hoje, a Vanguard afirmou que iniciativas da indústria como o desse grupo, conhecido pela sigla NZAM, podem criar confusão.
“Decidimos nos retirar do NZAM para que possamos fornecer a clareza que nossos investidores desejam sobre o papel dos fundos de índice e sobre como pensamos independentemente sobre riscos materiais, incluindo riscos relacionados ao clima”, disse a Vanguard no comunicado.
A Vanguard não disponibilizou executivos para comentar. Mas sua declaração aborda uma crítica de alguns investidores e oficiais republicanos dos EUA de que esforços como o NZAM vão contra as regras antitruste. Essa preocupação já havia levado a controladora da NZAM, afiliada à ONU, a suavizar uma política de financiamento de combustíveis fósseis.
Daniel Wiener, presidente da Adviser Investments em Newton, Massachusetts e observador de longa data da Vanguard, disse que a retirada da empresa mostra que falta um líder forte em questões ESG.
“Recuar é simplesmente Vanguard soprando com os ventos da mudança constante. Eles não têm uma personalidade forte como Fink para defender uma causa”, disse Wiener.