A plataforma, criada pela consultoria portuguesa C-More, estabeleceu uma parceria com a Inteligência Artificial da IBM, o Watson, para incorporar ferramentas de IA em seu algoritmo. “Nosso primeiro cliente é o Congresso Internacional de Inovação, que vai medir como estão suas práticas em relação a pessoas e meio ambiente”, diz. Por meio do algoritmo, a plataforma faz a identificação das iniciativas prioritárias que a empresa deve implementar dentro de critérios ESG. “A ideia é reestruturar as marcas e ações de marketing para dentro da economia regenerativa. Se você vai utilizar algo que vem do meio ambiente, como pode ajudar a repor? Se vai trazer pessoas, como fazer da diversidade algo natural dentro do negócio? Essas são algumas das questões que estamos resolvendo.”
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Head de ESG e bailarina do Castelo Rá-Tim-Bum
A aquisição do negócio pela B&Partners colocou a empreendedora também no posto de head de ESG do grupo, onde vai liderar ações que pretendem levar a holding a um outro patamar em sustentabilidade, inclusão e governança. “Temos uma agenda até 2025. Começamos com letramento para os profissionais do grupo”, diz Campos.
Ex-bailarina (ela era uma das Patativas, os passarinhos que identificavam sons de instrumentos musicais no programa infantil Castelo Rá-Tim-Bum, da TV Cultura), Dilma Souza Campos mantém até hoje a postura perfeita que a dança lhe deu. Além da experiência em lidar com pessoas que ganhou na época em que atuava na abertura de eventos corporativos e convenções para custear a faculdade de odontologia – profissão que acabou não seguindo.
É que o trabalho extra na época da faculdade rendeu também a experiência com os bastidores de eventos e um networking que a levou a trabalhar em agências de publicidade, na direção artística e na produção, entre outras áreas, até ter a ideia de fundar sua empresa de live marketing e criar experiências para o público. Essa diversidade de atuações trouxe um olhar mais amplo para a carreira de Campos, que esse ano será jurada na categoria Outdoor no festival de Cannes.
Foi com essa amplificação de atuações que nasceu também o interesse por ESG, em 2001, quando a sigla era algo pouco falado. “Foi em meu segundo MBA que me dei conta de como deveríamos ter um olhar de regeneração para tudo o que consumimos. Pode ser na hora de montar um evento ou comprar um produto. Enxergo como podemos regenerar, como deixar algo além do dinheiro. Isso transformou minha atuação e foi o embrião da Nossa Praia.”