Escola do Rio de Janeiro recebe selo da Unesco por esforços para proteger o oceano

14 de julho de 2023
Pilar Olivares/Reuters

Em Ipanema, os alunos da escola brincam na orla da famosa praia enquanto fazem a limpeza do local

Um grupo de crianças em idade escolar remove pedaços de plástico e lixo da areia de uma praia do Rio de Janeiro durante um passeio para ensiná-las sobre a importância de proteger o meio ambiente.

O Colégio Notre Dame Ipanema, que fica próximo à famosa praia que é um ponto turístico da cidade, acaba de receber o selo Escola Azul da Unesco, agência cultural da ONU (Organização das Nações Unidas), como parte de uma iniciativa de proteção ao Oceano Atlântico.

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O selo reconhece programas escolares em todo o mundo com o objetivo de proteger os oceanos.

A iniciativa ocorre em um momento em que os cientistas temem que mais de 90% dos suprimentos de alimentos marinhos do mundo estejam em risco devido a problemas ambientais, como o aumento das temperaturas e a poluição.

“É a educação, é a conscientização, é a formação de uma geração que entenda que nós precisamos do oceano para continuar existindo enquanto espécie nesse planeta”, disse Ricardo Gomes, chefe da ONG Instituto Mar Urbano.

O selo engloba 16 países localizados próximos ao Oceano Atlântico e segue a iniciativa Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, que começou em 2021 e terminará em 2030.

Ao lado da ONG Instituto Mar Urbano, a escola Notre Dame oferece atualmente atividades que visam conscientizar crianças de diferentes idades para a preservação das praias.

A Unesco acolheu a iniciativa porque desperta a curiosidade das crianças sobre o oceano e seu papel na geração de oxigênio, regulação do clima e geração de vida para o planeta, disse o coordenador de Ciências Sociais e Naturais da Unesco no Brasil, Fabio Eon.

Em Ipanema, os alunos da escola brincam na orla da famosa praia enquanto fazem a limpeza.

“Eu amei”, disse Maria Carolina Sampaio, aluna da Notre Dame, de 8 anos. “A gente limpou o lixo da praia e se fosse para o mar, os bichinhos podiam comer e morrer”.