A mais rica do mundo é brasileira

26 de abril de 2024

A crença de que desenvolvimento econômico e conservação da floresta são conceitos opostos é uma ideia difundida não só no Brasil, mas em várias partes do mundo. No entanto, estudos como Changes in the Global Value of Ecosystems Service e o relatório do Banco Mundial mostram exatamente o contrário: a Amazônia gera mais riqueza em pé. 

O valor estimado da Floresta Amazônica, de acordo com as pesquisas, vem de riquezas como sua biodiversidade, que representa nada menos que 25% de toda a biodiversidade terrestre; vem dos “rios voadores”, essenciais à agricultura e à geração de energia; e dos incontáveis meios de subsistência para populações agroextrativistas. O estudo Estratégias para o Desenvolvimento da Amazônia Brasileira: Lições Aprendidas dos Arranjos Pré-Competitivos, assinado pelo pesquisador Salo Coslovsky, da Universidade de Nova York, mostra que comunidades e empresas sediadas na Amazônia Legal já exportam 64 produtos compatíveis com a floresta e, com isso, obtêm quase US$ 300 milhões ao ano. Esse valor equivale a apenas 0,17% dos mercados desses produtos, indicando que ainda há um potencial gigantesco a ser explorado na Amazônia.

Nesse contexto, a Natura estabeleceu um modelo de negócios baseado na sociobioeconomia que corrobora as conclusões dos estudos citados na abertura: conservação e prosperidade andam juntas. Por isso, a marca tem na Amazônia sua principal plataforma de pesquisa e vetor fundamental de inovação, além de estar presente na cadeia de fornecedores locais, causando um impacto social positivo na região.

Com parte de sua jornada dedicada às pesquisas de bioativos, a Natura já desenvolveu 44 bioingredientes de maneira ética e sustentável. Entre eles, o bioativo de tukumã, fruto que não tinha todo seu potencial aproveitado pelas indústrias, incluindo a cosmética. “Hoje, o tukumã é visto como ouro, uma fonte de prosperidade e empoderamento para nós e nossas famílias”, conta uma das trabalhadoras da cooperativa extrativista do fruto.

Outro exemplo de sucesso desse modelo é o case da ucuuba. Antes de seu uso cosmético, o valor da árvore quase não era reconhecido. A espécie estava à beira da extinção, derrubada para a produção de cabos de vassoura, produto de baixo valor agregado. Em parceria com pesquisadores, a Natura constatou que a colheita anual de uma árvore conservada produzia três vezes mais renda do que a exploração madeireira. Enquanto o corte da árvore só acontece uma vez, a extração de sementes pode ser feita por pelo menos 10 anos.

A bioeconomia praticada pela Natura busca promover a regeneração da floresta e o progresso das pessoas que integram sua rede. As iniciativas podem ser traduzidas em números: os produtos da marca desenvolvidos de forma sustentável geram renda para mais de 3,5 milhões de Consultoras de Beleza Natura e Avon na América Latina. Além disso, em conjunto com 44 comunidades agroextrativistas, compostas por mais de 10 mil famílias, a Natura contribui para conservar mais de 2 milhões de hectares de floresta. 

O estudo There Is No Planet B: Aligning Stakeholder Interests to Preserve the Amazon Rainforest, conduzido por pesquisadores da Universidade de Toronto e da Universidade da Pensilvânia, utilizou diferentes modelos econométricos e comprovou que houve mais conservação onde a Natura atua. A área preservada corresponde a 730 mil hectares, o que representa uma economia de cerca de 58 milhões de toneladas de carbono. Isso significa que a Natura conseguiu conservar e regenerar a Amazônia ao oferecer uma opção econômica viável para que pequenos produtores rurais mantivessem a floresta em pé. 

Fazer negócios de maneira regenerativa vai muito além das práticas aplicáveis à produção agrícola e da recuperação do solo: fatores humanos e sociais são indissociáveis dos desafios ambientais. “Para nós, a regeneração é o processo de restaurar a vida nos indivíduos, nas comunidades, na natureza e nos relacionamentos entre eles”, diz Angela Pinhati, diretora de Sustentabilidade de Natura &Co América Latina. 

Em 2024, ano em que celebra 55 anos de fundação, a Natura tem motivos para se orgulhar de todo o trabalho desenvolvido nessa jornada, mas já persegue novas metas: a conservação de 3 milhões de hectares da floresta, o aumento do índice de desenvolvimento humano de suas Consultoras de Beleza, o crescimento do número de comunidades agroextrativistas e a disseminação da consciência de que é preciso preservar para gerar riqueza. Objetivos que só são possíveis quando se acredita que o bem-estar das pessoas está diretamente relacionado ao bem-estar do planeta.

Maria de Nazaré, da comunidade de Boa VIsta, Baixo Acará
Joana Darc Ferreira Rodrigues, da comunidade de Abaetetuba
Manoel da Conceição Pereira, da comunidade de Abaetetuba
Bioativo Tukumã

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