Bebedores de alto risco costumam ser pessoas que envelheceram com sucesso, diz estudo

27 de julho de 2015

Istock

Há uma novidade para quem gosta de uma cervejinha. Uma nova pesquisa do BMJ Open mostra que pessoas acima de 50 anos com boa saúde fazem tudo que é preciso: não fumam, fazem exercícios físicos, têm amplo contato social e poucos episódios de depressão, mas são grandes consumidores de álcool.

Por que isso ocorre ainda não é certo, mas pesquisadores querem que pessoas desta faixa etária entendam que beber também causa diversos efeitos negativos à saúde.
O time britânico analisou 9.000 pessoas, que responderam perguntas sobre sua dieta e consumo de álcool, atividade física e seus sentimentos em relação à solidão e depressão.Também havia perguntas sobre casamento, religião, emprego, renda, educação e engajamento social.

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O número de “bebedores de alto risco” – homens que bebem mais de 50 unidades de álcool por semana e mais de 35 para mulheres – chamou a atenção dos pesquisadores. Uma pequena taça de vinho ou uma cerveja representam,aproximadamente, de duas a três unidades, o que significa de 17 a 25 taças por semana para homens e de 12 a 17 taças para mulheres.

O estudo também descobriu que os bebedores de alto risco costumavam ser pessoas com uma saúde melhor, com maior renda, mais educação e mais interação social. Além disso, eles não foram ligados à depressão ou à solidão. No entanto, homens que vivem sozinhos, incluindo os divorciados ou separados, eram mais propensos a beberem muito.

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“Nossas descobertas sugerem que bebedores de alto risco depois dos 50 anos costumam ser pessoas com um estilo de vida associado ao envelhecimento com sucesso”, escreveram os autores. “Beber de forma perigosa pode ser um problema de saúde e social escondido entre pessoas mais velhas bem-sucedidas.”

Especialistas afirmam que o consumo seguro de álcool é um drinque por dia para mulheres e dois para homens. Há alguns benefícios documentados sobre a ingestão de álcool, mas apenas se consumido de forma moderada.