As regras das corridas mudaram em 1958, e o Jaguar com seis cilindros já não era mais competitivo. As bordas eram finas nos modelos dos anos 1950 (e continuam até hoje), e o chefe da Jaguar, William Lyons, precisou dar um destino a um lote de 25 carros D-Type não vendidos. Dessa forma, os automóveis começaram a ser convertidos para serem usados nas ruas e rodovias. O resultado foi o XKSS, um dos carros esportivos mais raros e divertidos da Era Dourada, muito mais charmoso do que o modelo de corrida no qual foi baseado. Apenas 16 unidades do XKSS foram finalizadas antes do incêndio que atingiu a fábrica de Browns Lane – nove não foram entregues. O acidente valorizou ainda mais o XKSS. A Jaguar renasceu das cinzas e aplicou as lições aprendidas com o D-Type e o XKSS para criar o E-Type, um modelo para estrada.
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Nos últimos anos, o XKSS 716 recebeu uma restauração completa e de alta qualidade pela empresa especializada Pearsons Engineering, localizada no Reino Unido. O automóvel fez sua estreia nas competições de carros vintage em 2010, no Pebble Beach Concours d’Elegance, evento realizado anualmente na Califórnia. Desde então, o XKSS 716 já foi exibido na Concorso d’Eleganza Villa d’Este e participou de tours vintage na Europa e na América do Norte.
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O XKSS é lendário o suficiente e tão importante para a marca que a divisão Classic da Jaguar construiu nove carros, para cumprir a antiga meta de 25 veículos interrompida pelo incêndio em Browns Lane. Esses carros provavelmente já foram todos vendidos e vão passar por dono particulares nos próximos anos. Uma década se passou até que um dos 16 XKSS originais fosse colocado em um leilão. A estimativa é de que seu preço chegue a algo entre US$ 16 milhões e US$ 18 milhões.