O melhor vinho tinto que você ainda não experimentou

26 de outubro de 2017
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Classificação das uvas usadas na produção do Amarone é extremamente rigorosa (iStock)

A Itália esbanja vinhos tintos excelentes, das melhores notas do Chianti (vinho tinto seco produzido na região da Toscana) e do Barbaresco (vinho tânico) aos colecionáveis Brunello (tinto toscano) e Barolo (produzido na região do Piemonte). Entretanto, frequentemente negligenciado nessa impressionante mistura está um dos melhores tintos do país: o Amarone. O que realmente o distingue não é apenas o fato de ele ser feito a partir de uma variedade de uvas pouco conhecidas, mas a forma como é produzido.

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Diferente de outros vinhos tintos renomados, neste as frutas podem secar por meses, até virar uvas passas, antes que a produção seja iniciada. Enquanto esse método é mais parecido com as técnicas associadas a vinhos brancos ideais para sobremesas, o resultado nesse caso não é tão doce, mas forte e concentrado (embora o Amarone fique mais doce com o tempo), com alto teor alcoólico (15% ou mais) e um sabor rico, amargo e de nozes. As descrições de especialistas, frequentemente, utilizam termos como rubi intenso ou manchados de tinta para descrever as cores; frutas negras, como figos, cerejas ou ameixas, para o sabor; e pimenta-preta, baunilha, canela ou cacau para o tempero. Aveludado é outra palavra comumente associada ao Amarone, pois esses vinhos tendem a ter uma excelente textura.

Para harmonizar, as principais sugestões são carne vermelha, ensopados com carne, carnes de caça e queijos fortes. Quem ama carnes refogadas, como costela, vai amá-las ainda mais se acompanhadas de Amarone. O nome completo da bebida é Amarone della Valpolicella e a região onde é feita tem a classificação DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida) mais alta da Itália no que diz respeito à qualidade de vinho. A classificação das uvas para fazer o Amarone é muito rigorosa – apenas as melhores são utilizadas.

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Por causa da perda de peso no processo de secagem das uvas, o resultado é mais concentrado e caro. Adicionado ao custo está o requisito legal de que o vinho seja envelhecido por dois anos para carregar o nome. Ele também tem uma longa vida em adega. Não existem Amarones baratos e é difícil gastar menos de US$ 50, embora sejam encontrados mais frequentemente por US$ 80 ou US$ 100. Mas, como resultado, o cuidado em fazê-los é alto e é um dos vinhos mais fáceis de comprar às cegas.

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