Coronavírus faz Princess Cruises e Viking Cruises suspenderem operações

12 de março de 2020
Reuters

Setor de viagens e cruzeiros têm sofrido perdas significativas em meio ao surto da doença

A Princess Cruises e a Viking Cruises anunciaram hoje (12) que vão suspender as operações. O segmento tem sofrido com o surto de coronavírus, que colocou dois navios de cruzeiro americanos em quarentena, sem poderem atracar, e levou a um alerta do governo de que os americanos não deveriam fazer cruzeiros em meio à pandemia.

De acordo com a porta-voz da Princess Cruises, Negin Kamali, todos os cruzeiros programados de 12 de março a 10 de maio serão suspensos, enquanto os programados para terminar nos próximos cinco dias continuarão conforme o planejado. Viagens que deveriam se estender até depois de 17 de março serão abreviadas.

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A Princess permitirá que os hóspedes afetados usem 100% do que pagaram (mais o que a empresa está chamando de “crédito de cruzeiro futuro generoso”) para reservar outro cruzeiro assim que a suspensão terminar ou enviar uma solicitação de reembolso.

A empresa planeja usar o tempo para se preparar para o retorno planejado às operações regulares em maio, informou um representante na quinta-feira –mas as ações da controladora Carnival já caíram mais de 20% nas negociações pré-mercado.

A Viking Cruises também anunciou a suspensão temporária das suas operações até maio e dará aos hóspedes que já reservaram um voucher para um futuro cruzeiro no valor de 125% do preço original da viagem.

A decisão foi tomada depois que um hóspede foi exposto ao coronavírus antes de embarcar em um cruzeiro fluvial do Sudeste Asiático com a Viking, disse o presidente Torstein Hagen em comunicado.

A indústria de cruzeiros foi especialmente afetada pelo coronavírus. Na semana passada, um homem de 71 anos que esteve a bordo de um cruzeiro da Princess em fevereiro morreu de coronavírus. Na terça-feira (10), 19 tripulantes e dois outros passageiros do mesmo navio testaram positivo para o vírus. Um casal da Flórida que estava preso no navio quando o coronavírus se espalhou a bordo anunciou que está processando a Princess em mais de US$ 1 milhão. A certa altura, um navio Princess separado abrigava um dos maiores grupos de casos de coronavírus fora da China e teve de ficar em quarentena por duas semanas.

O restante da indústria não está se saindo muito melhor do que Princess e Viking –a Carnaval caiu quase 53% no ano, enquanto a Royal Caribbean teve queda de 61% e a Norwegian caiu cerca de 65%.

O presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu que o governo federal poderia oferecer assistência aos setores de viagens, companhias aéreas e cruzeiros, que sofrem perdas com a crise. No entanto, a nova proibição de Trump à maioria dos viajantes da Europa com destino aos EUA pode significar perdas de US$ 24 bilhões a US$ 37 bilhões para o setor de viagens.

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