Nesta semana, a atriz e ativista de bem-estar Cameron Diaz anunciou o lançamento da marca Avaline. Rotulada como um “clean wine”, a nova empresa consiste em ofertas de branco e rosé produzidos a partir de uvas orgânicas e livres de ingredientes indesejáveis, como açúcares, corantes ou concentrados. Após nomes famosos como Snoop Dogg e Post Malone –que lançaram um vinho tinto e um rosé, respectivamente, neste ano– Cameron é a mais recente celebridade a entrar no mundo dos vinhos. Suas motivações são bastante únicas. Ao lado da cofundadora, Katherine Power, ela espera administrar novos padrões de transparência para o vinho norte-americano.
A protagonista de Hollywood invadiu o espaço de saúde e estilo de vida em 2013 com o lançamento de “O Livro do Corpo: Entenda, Movimente e Ame Seu Maravilhoso Corpo”. Nela, Diaz narra a conexão entre nutrição e bem-estar por meio de anedotas científicas e pessoais. Logo, tornou-se um best-seller número “New York Times”.
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Mas, apesar de toda a atenção investida nos alimentos que consumia, como a maioria dos consumidores de vinho, ela permanecia alegremente inconsciente do que exatamente estava bebendo. Tudo mudou depois de uma tarde fatídica em que bebericou com sua nova amiga –e eventual parceira de negócios– quase três anos atrás.
“Gostei de vinho por muitos anos e nunca o questionei. Nem uma vez”, lembra Diaz. “Na verdade, achei que era a escolha de álcool mais responsável, porque era feita com uvas fermentadas. Mas eu não tinha ideia do processo. Uma das primeiras conversas que Katherine e eu tivemos sobre como fazer um vinho mais limpo foi ‘o que vamos adicionar a ele?’ Logo aprendemos que a resposta não é o que se adiciona, mas sim o que não se adiciona.”
Em abril de 2018, a dupla iniciou uma jornada de descoberta, pesquisando tudo o que podia sobre viticultura, da produção a distribuição. Elas descobriram que a esmagadora maioria dos vinhos são feitos sem uvas orgânicas e podiam ser legalmente adulterados com dezenas de produtos químicos e componentes aromatizantes.
“O que chamou nossa atenção foi como existem tantos aditivos colocados no vinho por causa de más práticas agrícolas”, diz Diaz à Forbes. “Descobrir isso foi irritante.” A consciência repentina as levou a começar a pedir proativamente vinhos limpos e orgânicos de seus revendedores preferidos. Power recorda ter recebido olhar de descaso em todos os lugares, desde supermercados a hotéis e restaurantes de luxo.
Então, as duas resolveram resolver o assunto sozinhas. Depois de concordarem sobre o estilo do vinho que engarrafariam –um rosé fresco e claro e um branco seco e mineral– decidiram colocar em prática. Isso as levou a vinhedos de gerência familiar na França e na Espanha, onde suas especificações exatas podiam ser cumpridas com segurança.
“Eu poderia continuar falando sobre as vinhas e a ciência da produção de vinho para sempre, mas, no final das contas, a coisa mais importante a saber é que a maneira como as uvas são cultivadas importa”, acrescenta ela, observando que convencer os cultivadores com filosofias alinhadas foi um dos maiores desafios de todo o empreendimento. “Quando você faz isso desde o início, não precisa compensar erros com aditivos desnecessários.”
Você ainda precisa de um vinho que tenha um sabor delicioso. E com a Avaline, Diaz e Power alcançaram esse objetivo crucial. O branco é nítido e refrescante; refrigerado, é uma combinação perfeita para frutos do mar no verão e aves grelhadas. O rosé tem notas de melão e morango familiares aos exemplos no estilo provençal, embora este tenha um acabamento levemente picante.
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