Raro diamante rosa pode ser arrematado por R$ 108 milhões em leilão

1 de setembro de 2022
Sotheby's/Divulgação

Diamante rosa Williamson Pink Star

O segundo maior diamante rosa impecável a aparecer em leilão foi revelado ontem (31) em Londres pela Sotheby’s. O Williamson Pink Star de 11,15 quilates será leiloado em lote único em Hong Kong em 5 de outubro, com estimativa de alcançar US$ 21 milhões (R$ 108 milhões, na cotação atual).

A casa de leilões diz que a peça tem potencial para estabelecer um novo recorde de preço por quilate para um diamante rosa. “Temos a confiança de que ele encontrará um grande colecionador e chamará o interesse de várias pessoas”, disse Wenhao Yu, presidente de joalheria e relógios da Sotheby’s Asia. “Tem capacidade de atingir um preço muito alto.”

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Ele acrescenta: “Este diamante realmente cumpre todos os requisitos. Tem as melhores qualidades que você pode ter em um diamante rosa.”

O preço atual recorde por quilate para o leilão de uma diamante rosa é de US$ 2.656.909 (R$ 13,7 milhões), para o Winston Pink Legacy de 18,96 quilates, vendido em 2018 pela Christie’s Geneva.

O maior diamante rosa sem falhas internas a ser leiloado foi o CTF Pink Star, de 59,60 quilates. A peça foi vendida pela Sotheby’s Hong Kong em 2017 por US$ 71,2 milhões, um recorde mundial para qualquer joia vendida em leilão.

“Nós organizamos para que este lote seja oferecido entre os leilões de arte moderna e contemporânea da Sotheby’s. Isso porque, em vez de vender apenas mais um diamante importante, vemos essa peça como uma obra de arte e maravilha da mãe natureza”, diz Yu. “É comparável a um Monet ou a um Picasso, e é ainda mais raro.”

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O diamante em forma de almofada foi criado a partir de uma pedra bruta de 32,32 quilates

A Williamson é uma das mais antigas minas de diamantes em operação do mundo, famosa por produzir o que é descrito como diamantes rosa “chiclete”, de acordo com a casa de leilões. Um dos diamantes mais conhecidos da mina é o Williamson Pink Diamond de 23,6 quilates, moldado em um broche pela Cartier e de propriedade da rainha Elizabeth II.

“Queríamos relacionar a importante proveniência da mina Williamson ao nomear o diamante”, diz Yu. “A cor rosa saturada única é uma das qualidades importantes das pedras desta mina. É uma honra para nós que, depois de tantas décadas, outro diamante rosa importante venha da Williamson e possamos leiloá-lo.”

O diamante em forma de almofada foi criado a partir de uma pedra bruta de 32,32 quilates pela Diacore, empresa especializada na fabricação de diamantes raros e excepcionais de cores extravagantes. A empresa comprou a joia no final de 2021 por US$ 13,8 milhões (R$ 71 milhões). Yu diz que fabricar o diamante é tão importante quanto descobri-lo, e a Diacore é uma das poucas empresas no mundo capaz de lapidar e polir uma gema tão importante.

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“Nem toda pedra bruta pode render um diamante dessa alta qualidade, então devemos também dar crédito à Diacore”, diz ele. “Eles realmente transformaram o corte e o polimento em uma arte. Eles são muito habilidosos e experientes com a melhor tecnologia e muita coragem. É raro ter uma cor rosa viva. É mais raro quando tem mais de 10 quilates e ainda mais raro se for internamente impecável.”

Sotheby's/Divulgação

Entre os diamantes coloridos, os rosas são uns dos mais raros

O rosa está entre as cores mais raras que ocorrem naturalmente nos diamantes. De todas as pedras preciosas submetidas ao Gemological Institute of America (que analisa e classifica os diamantes), menos de 3% são classificadas como coloridas e menos de 5% predominantemente rosa.

A Mina Argyle na Austrália, antes de ser aposentada em 2020 depois de esgotar seu estoque de gemas, produziu mais de 90% dos diamantes rosa do mundo. A ausência de diamantes rosa desta mina torna essa categoria ainda mais rara, diz Yu.

“Os diamantes rosa ainda estão crescendo em demanda no mercado, e isso agora torna o Williamson Pink Star ainda mais procurado”, diz ele.

O diamante está sendo apresentado em um anel de ouro 18k, rodeado por diamantes de lapidação trapézio e brilhante.

Londres é a primeira parada onde a pedra será vista pelo público. Em seguida, viajará para Dubai, Cingapura e Taipei, antes da exibição final e venda em Hong Kong.

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