Na rede social, o perfil da grife homônima fez uma homenagem ao seu criador. “Entre as figuras da moda mais seminais do século 20, seu legado permanecerá uma constante fonte de inspiração. Somos gratos a Monsieur Rabanne por estabelecer nossa herança de vanguarda e definir um futuro de possibilidades ilimitadas”, diz o post.
Já Puig, em comunicado, exaltou o papel inovador de Rabanne na moda: “Paco Rabanne tornou a transgressão algo magnético. Quem, senão ele, poderia convencer a mulher parisiense a exigir vestidos feitos de plástico e metal?”. “Seu espírito rebelde, radical, proporcionou um nome à parte. Há apenas um Rabanne. Sua morte nos recorda novamente de sua enorme influência no design contemporâneo, um espírito que vive na marca que leva o seu nome”, declarou José Manuel Albesa, presidente da divisão de produtos de beleza e perfumaria da Puig.
Apesar da nacionalidade espanhola, Paco Rabanne viveu a maior parte da sua vida na França, onde se refugiou da Guerra Civil Espanhola quando era adolescente. Com uma carreira de mais de 40 anos na indústria, o estilista ficou conhecido pelo uso de materiais metálicos e designs inovadores na década de 1960. Sua primeira coleção, intitulada “12 Unwearable Dresses in Contemporary Materials”, foi apresentada em 1966 e causou grande questionamento na época pelo uso de plásticos – o que ao mesmo tempo rendeu destaque ao seu nome.
Em todos estes anos, fez trabalhos para grifes como a Balenciaga, Courrèges, Nina Ricci, Pierre Cardin e Givenchy, além de vestir nomes célebres como Audrey Hepburn, Jane Fonda (figurinos futuristas do clássico “Barbarella” foram assinados por ele), Mia Farrow, Françoise Hardy e Peggy Guggenheim. Já seu primeiro perfume, o feminino Calandre, foi lançado em 1969.